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Marina Gregory, a vencedora do The Circle abre o jogo para Benwoman Magazine

Atualizado: 4 de ago. de 2020


Marina, ganhadora do reality The Circle Brasil

O programa que está bombando na internet lançado em meio a quarentena, o reality da Netflix está entre os tops mais assistidos da plataforma.

A graça é que todos eles só se comunicam via plataforma de voz e texto, o Circle, e não fazem a mínima ideia se, de fato, aquela pessoa a quem eles estão julgando, fazendo amizade ou a caveira são realmente quem aparentam ser. Ganha o mais popular, conhecidos como Influencer eleito por todos.

A Benwoman Magazine conversou com a grande ganhadora, Marina Gregory que abriu o jogo contando particularidades do programa.


BW: Como foi participar do programa?

Marina: É muito louco, é aquilo mesmo que vocês viram então... a gente fica ‘ai meu deus, eu quero conhecer essas pessoas! E dentro do Circle rola tudo, intrigas, desilusões, é casos de família.


BW: Você já assistiu todos os episódios?

Marina: Sim... já assisti todos os episódios e inclusive estou assistindo de novo, já assisti a final umas quatro ou cinco vezes, porque é sempre bom rever e assistir com vocês (público) então tem muita coisa que a gente não pescou, tem conversas que eu nem lembrava que eu tinha feito no jogo e tem coisinhas que os fãs reparavam que eu nem tinha reparado e eu falei ‘calma ai, deixo voltar’ (gargalhada).

BW: Sobre o Dumaresq vocês eram parceiros no começo do jogo, mas durante foram se afastando... você achava que ele não estava sendo sincero no jogo?

Marina: Pelo fato da Loh e do Lucas terem saído do programa, eu senti ele meio distante de mim. Mas vale lembrar que é uma percepção que a gente tem lá dentro, é muita coisa que acontece e a gente começa a inventar coisas na nossa cabeça. Desde o início do jogo eram Loh e Dumaresq. A partir do momento que ele fala que eu perdi meu brilho e que eu tinha perdido a minha essência no jogo, nossa aquilo acabou comigo. Mas aí, assistindo o programa depois, eu vi que a percepção dele era completamente diferente. Ele estava tentando ser amigo alí, naquela hora. Sendo que as coisas no Circle, se a gente não coloca emojis ou hastag, acabam soando muito agressivo. Eu não estava vendo a cara do Dumaresq, não sabia o que estava se passando na cabeça dele. Eu senti proximidade com ele só depois que tivemos a conversa botando as cartas na mesa do por que ele falou aquilo, e me senti muito acolhida. Fico até emocionada porque eu estava completamente acabada ali, já estava achando que não dava mais pra mim no Circle (gargalhada).


BW: Essa reviravolta foi importante para você porque voltou, se mostrou para os outros jogadores, Foi isso que te fez ganhar o jogo?

Marina: Sim... olha, eu não vou negar pra vocês, mas acho que o que me fez ganhar o jogo foi o Raf (Ana no The Circle), Ela enviou uma mensagem quando foi bloqueada que deu uma acordada em geral e eu votei com o coração.

BW: Em momento de exclusão e vulnerabilidade, é possível se apaixonar real por um perfil virtual?

Marina: Gente... ai meu Deus! (risos) Pra quem não me conhece, eu já estou muito acostumada com esse mundo virtual entendeu?! Eu me iludo muito fácil, me apaixono fácil sim ta gente?! (risos) Então se um bofe que eu estou a fim chega pra mim e fala ‘eu te quero’, daqui a pouco já estou planejando casamento, já estou planejando várias coisas, já penso no futuro entendeu (gargalhada)? Eu sou muito emotiva, carinhosa, gosto de atenção e tudo mais. Não vou negar pra vocês, o Lucas (Loma no The Circle) não foi o primeiro fake que já me apaixonei, tiverem outros!

BW: E como foi encontrar pessoalmente com o perfil fake Lucas?

Marina: Olha, eu já estava prontíssima para dormir. Foram dois bloqueios em um dia, que foi o Gaybol e depois o Lucas e como foi a primeira experiência, ao meu ver toda hora tinha uma coisa diferente. E por terem sido dois bloqueios, pra mim só teria direito de uma visita, assim pensava, quando percebi que não, botei minha roupa de novo, gastei meu perfume lá, e quando chegou a Loma (gargalhada). Não era o Lucas, eu fiquei procurando... Eu fiquei em choque, não sabia o que falar. Mas depois que eu conheci a Loma e conversamos, me toquei que me apaixonei pela Loma ali, porque ela estava usando só a foto de uma outra pessoa. Então me apaixonei por ela, todas as qualidades que eu vi nela no programa e ainda vejo hoje em dia. Então não tenho nada a dizer sobre, só que ela é uma pessoa incrível, maravilhosa e aquilo lá foi apenas um jogo, super entendi depois. E é isso... a gente leva pra vida né gente! (gargalhada)

BW: E qual foi a primeira coisa que você fez após sair do confinamento?

Marina: Gente, assim que eu saí depois que acabou toda a final, eu fui pro Gay Village em Manchester, uma rua que era como a Lapa do Rio de Janeiro. Super LGBT, muito mais minha cara. Vi as drags, bebi pra caramba, dei vários closes (risos). É muito famoso esse local para turistas, então foi a primeira coisa que eu fiz.

BW: Nossos leitores querem saber, você está namorando?

Marina: Então gente, eu sou uma pessoa muito complicada. Tenho um boy em cada país. (risos) Mas sigo solteira com vários contatinhos.


BW: E o que mudou na sua vida pós The Circle?

Marina: Olha, eu já comentei muito sobre o meu jeito de analisar as pessoas e também o quanto valorizar a amizade e não só isso, mas aprender a escutar e ver o lado das pessoas, porque no inicio eu era muito teimosa e não queria ouvir o outro lado. Pra mim era sempre ‘eu estou certa’. Claro que essa sou eu e não vou mudar da água pro vinho. Eu sou dócil, emotiva, chorosa, sou muito amiga, são qualidades que gosto em mim. Se eu perder essas qualidades, essa essência, não será mais a Marina.

BW: Em suas redes sociais, você publicou que fala outros idiomas, estudou bastante e se preparou muito, mas não conseguiu a exercer a profissão de Aeromoça. E isso acontece com muitas pessoas no mundo hoje. Por que você acha que não conseguiu entrar na área?

Marina: Fiz o processo seletivo para uma empresa internacional. Sempre quis fazer parte de uma empresa grande, morar em Dubai, ter essas novas experiências e tudo mais. Eu não passava no processo seletivo de jeito nenhum e com certeza foi devido ao peso. Mas eu estava muito me comparando a todas as meninas presentes e eu era a única Plus Size. Eu ainda não fiz a prova da Anac para exercer a profissão no Brasil. Aqui ainda não tentei. Mas o fato de falar línguas e tudo mais, isso as vezes a gente acha que é um plus mas na verdade não é, se trata de uma área muito competitiva.

BW: Você vem influenciando muitas meninas em se aceitarem, ter orgulho do próprio corpo, isso vai de encontro com os valores da Benwoman valorizamos isso. Qual a maior lição de vida e mensagem que você poderia passar para essas meninas hoje?

Marina: Primeiramente eu fico muito feliz em ver que eu ando inspirando muita gente e isso é muito gratificante, porque eu jamais imaginaria que isso iria acontecer. Eu acho que a única coisa que posso falar pra vocês, que vale a pena lembrar, que não foi difícil chegar na mentalidade que tenho hoje em dia. Acredito que muitas meninas pretas, gordas como eu, seja branca, seja o que for, passem por essa mesma percepção, por essa mesma transformação e tudo mais até você se aceitar. Acho que o mais importante de tudo, antes de começar a tentar se aceitar, você tem que se amar primeiro e botar você em primeiro lugar. Eu sei que é muito difícil, não importa o quanto as pessoas falem que você é linda, que você é gostosa e tudo mais. Pra quem ainda não aceita isso eu sei que é difícil. A dica que eu falo pra vocês é sempre se olhar no espelho e se elogiar. Eu faço muito isso todos os dias. É o meu mantra.

Por Leticia Nardelli

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