Redes Sociais
- Redacao@BenWoman
- 5 de ago. de 2020
- 7 min de leitura
UM BATE-PAPO ESCLARECEDOR SOBRE O DESAFIO DAS MARCAS PARA SE DESTACAR EM UM AMBIENTE DIGITAL
Se a comunicação já vinha sofrendo mudanças vertiginosas, como encontrar o fio da meada durante e depois de uma Pandemia? É fato que todos acabamos meio perdidos no meio de tantas mudanças.
Hoje na sociedade existem cinco gerações convivendo ao mesmo tempo, o que significa que são cinco maneiras de ver e viver o mundo e se relacionar diariamente. De um lado temos os conhecidos nativos digitais, que são as pessoas que nasceram na era da internet e suas facilidades, de outro, temos a geração que viu tudo isso surgir e que tem corrido atrás para dar conta da avalanche de informações e formas de se comunicar.
Antigamente os responsáveis por disseminar as notícias e propaganda de produtos eram os jornais e revistas, posteriormente surgiram o rádio, depois a TV e aos poucos a internet. Mas nossa maneira de se comunicar, consumir conteúdo e até mesmo comprar, mudou depois que as redes sociais surgiram e cresceram, tornando pessoas desconhecidas em referência em seguimentos específicos, divulgando conteúdo, conhecimento, experiências, influenciando as decisões e contribuído para as mudanças na jornada de compra do cliente, que também vem sofrendo mudanças e se tornado cada vez mais complexa, hoje a maioria das pessoas, antes de comprar um produto em uma loja física, procura resenha sobre ele na internet o que muda completamente as relações de compra. O cliente esta mais bem informado, participativo e até opinando sobre seu produto.
Com a pandemia causada pelo Covid19 ocasionando o fechamento de lojas físicas quem estava mais preparado em atender este cliente digitalmente, sofreu perdas menores, e as Redes Sociais acabou ganhando ainda mais relevância e aproximação com os clientes e pessoas, tanto na venda como na comunicação Organizacional, os influenciadores digitais ganham um formato de trabalho diferente, mais humano, criativo e colaborativo e assim vamos cada vez mais aprendendo e de fato vivendo uma era totalmente pautada pelo digital, não havendo jeito de dissociar o on-line do off-line, afinal estamos todos conectados!

Para bater um papo sobre esse tema trouxemos Marcela Margato que é especialista em conteúdo e desenvolvimento de estratégias para redes sociais, junto com seu esposo Renato Guziloto frente a Conteúdo7.
BW - Má, sabemos que as redes sociais nasceram com o objetivo de se RELACIONAR porque estamos tão obsecados em fazer uso das redes para negócios?
Marcela - Pois, nos dias de hoje, toda e qualquer informação está nas palmas das nossas mãos, nos famosos SMARTPHONES que não param de se atualizar! A informação corre muito rápido e a cada dia que passa, mais usuários estão inseridos nas redes sociais, que tem o incrível poder de aproximar pessoas de produtos e serviços, criando desejo, necessidades e relacionamento o tempo todo. Para os negócios as redes sociais não existem fronteiras, sabendo trabalhar de forma estratégica, ela favorece um alcance imensurável que pode transformar o futuro de qualquer negócio.
BW - Muitas empresas cometem erros absurdos quando decidem ter presença digital através das redes sociais, podendo até comprometer negativamente o desempenho da marca, afinal como entender a real necessidade de estar presente e como minimizar possíveis erros?
Marcela - Estar presente nas redes sociais é vital para os dias de hoje, pois a oferta de produtos e serviços é muito acirrada no mundo digital. Afinal, qualquer pessoa pode empreender, basta ter o que vender! Mas o problema está em como fazer isso acontecer. É aí que muitos cometem erros, que ao invés de ganhar a atenção do público, perdem o engajamento!
O primeiro erro é começar um gerenciamento digital do seu negócio sem ter um público alvo bem definido. Ele será a base de todo relacionamento da ferramenta com seu produto/serviço. Outro erro muito comum é se vender o tempo todo. NÃO FAÇA ISSO! As pessoas que estão do outro lado, precisam de “carinho, informação, atenção”. Então antes de sair vendendo, estude o comportamento dessas pessoas, faça um brainstorm de todas as informações. Ele te dará 1001 ideias para se relacionar com o seu público!
Eu sempre falo para minha equipe: o sucesso do nosso gerenciamento está em entender a missão e os valores de cada empresa. O porque elas existem, de que forma elas irão contribuir/ajudar o consumidor e qual é o seu propósito. Definidos esses pilares, nós damos inicio ao gerenciamento, de forma leve e humanizada. Afinal, quem não gosta de acompanhar um “reality show?”. Faça isso com seu negócio!
BW - Partindo de um pensamento empresarial, sabemos que likes e engajamento não pagam boleto, por outro lado são pessoas interagindo, opinando sobre seu produto ou serviço. Isso não seria um oceano azul de oportunidades que muitas vezes deixamos passar?
Marcela - Que pergunta boa! Quem tiver a capacidade de entender o que sua audiência está dizendo (querendo, precisando, criticando...) vai EMPREENDER E MUITO nas redes sociais. E nem sempre é fácil enxergar isso. Na verdade, não é nada fácil trabalhar com o digital. Requer planejamento e dedicação o tempo todo. Mas, vou deixar uma dica pra vocês, leitores da Bem, uma pergunta básica que costumo fazer para mim mesma toda semana (falando do meu negócio): “Marcela, você compraria o gerenciamento de redes sociais da Conteúdo SET? Sim? Não? Porque?”.
Acreditem se quiser, eu já respondi muitos nãos. E vou me questionando até enxergar as oportunidades e as melhores soluções para o meu cliente. Com isso aprendi que o meu negócio precisa se reinventar o tempo todo. E para que isso seja possível, eu preciso sair da zona de conforto todos os dias.
BW -Tio Zuca (Mark Zuckerberg) vem fazendo alterações constantes no Instagram, algumas diretamente ligadas a integração do painel de controle do Facebook que até então muitos afirmavam que estaria com os dias contados. A questão é que para quem quer falar de resultado, o alcance orgânico vem caindo, as famosas métricas e formas de impulsionar conteúdo pode estar caminhando para algo corriqueiro, estamos caminhando para uma profissionalização na forma de olhar para as redes sociais?
Marcela - Em 2016, o Instagram anunciou que os feeds dos usuários dariam mais prioridade ao tipo de conteúdo que ele gosta e isso sinalizou o fim do feed cronológico, onde as postagens saiam na sequência para todos os seguidores.
E é nítido como o engajamento e o alcance de muitos perfis de marcas e influenciadores têm caído cada vez mais no Instagram. Fora as alterações constantes dos algoritmos, existem mais pessoas online e mais disputa de conteúdo e atenção. E como conversamos ao longo da entrevista, as redes sociais deixaram de ser apenas uma rede de relacionamento e se tornaram uma das principais ferramentas para as empresas e influenciadores atrair visibilidade e criar um relacionamento com sua audiência. Por essa razão, a tendência dos patrocinados é só aumentar, assim como a profissionalização na mídia digital, o que já vem acontecendo muito forte nos dias atuais. O nível do conteúdo está cada vez mais elevado, exigindo mais atenção e dedicação dos usuários na plataforma.

BW - Nos últimos meses, com a pandemia, a questão da relevância, propósito, exemplo e valores tomaram conta da internet e impactaram na forma de comunicação de alguns influenciadores Digitais. Você percebe essa mudança em relação ao papel dos influenciadores com as marcas para os próximos anos?
Marcela - Com certeza! Além de gerenciar a Conteúdo SET que também lida com a gestão de influenciadores, eu também sou uma influenciadora digital no meio fitness. E o nosso papel está em influenciar pessoas através do conteúdo postado. Seja influenciar nos hábitos, condutas ou até mesmo nos produtos e serviços. Fazemos uma ponte entre as marcas e nossos seguidores.
Porém, o grande diferencial entre os influenciadores está no seu comprometimento e ética. Se o conteúdo é de qualidade, verdadeiro, se existe frequência nas publicações e qual o impacto que elas possuem e causam na audiência. Acredito que essa junção de fatores, irá diferenciar o trabalho de muitos influenciadores digitais para ganhar credibilidade e respeito de seus seguidores e patrocinadores.
BW - Muita gente já vem se desprendendo das famosas métricas de vaidade, entendendo que números de seguidores muitas vezes não são orgânicos e os likes já não tem tanta relevância, sendo assim como avaliar um influenciador ideal para um determinado produto ou serviço?
Marcela - O primeiro passo é identificar o perfil da audiência e qual rede social você deseja atingir ao realizar uma parceria com o influenciador. É muito importante também definir um budget para a campanha, pois esse orçamento te dará um norte para escolher o tipo de influenciador: macroinfluenciadores (impactam um grande número de pessoas interessadas no seu mercado), microinfluenciadores (passam confiança para os seguidores por divulgar aquilo que acredita e gosta) ou as figuras públicas e celebridades (alcance massivo).
Feito isso, o segundo passo é escolher o perfil do influenciador, identificar qual nicho ele está inserido (moda, beleza, fitness, cozinha, empreendedorismo etc) e se seu produto ou serviço tem alguma relação com ele. Também se torna necessário avaliar a região que tal influenciador atinge, principais quando se trata dos micros. E por fim, avaliar a credibilidade e o posicionamento do mesmo na rede social. O quanto ele está capacitado para gerar conteúdo e posicionar seu produto ou serviço de maneira íntegra no mercado.
BW - Má, as redes Sociais são totalmente ligada as pessoas e seus determinados públicos. Quem são os usuários e o que buscam nas redes do Faceboock, Instagram, Youtube, e Tick Tock?
Marcela - É muito interessante analisar como o perfil de usuários é diferente em cada rede social. O aparecimento de novas redes sociais mais dinâmicas e divertidas fazem o público mais jovem migrar ou experimentar as funcionalidades.
Falando em Facebook, o número de usuários acima dos 50 anos cresce a cada dia, por se tratar de uma plataforma mais simples, onde eles conseguem se conectar com amigos, ver e compartilhar informações e também mostrar um pouco do seu “lifestyle”.
Enquanto isso, o Instagram e o Tiktok tem ganhado cada vez mais força entre os jovens. Aliás, está uma competição acirrada ente essas redes sociais que permitem compartilhar fotos e vídeos através de uma realidade aumentada e com muita interatividade.
O TikTok permite criar vídeos curtos de 15 segundos utilizando diferentes efeitos, cativando bastante a atenção do público. Não é atoa que o aplicativo cresceu bastante nos últimos meses. E para não ficar de fora, o Instagram criou o cenas, que também possibilita ao usuário criar vídeos rápidos e mais dinâmicos!
Já o Youtube, é uma mídia que atrai um público mais abrangente, incluindo crianças, adolescentes, jovens e pessoas mais velhas! Isso se dá pelo envolvimento e autenticidade dos conteúdos postados, que variam desde músicas, trailers, tutoriais, autoajuda, receitas, comédia, beleza, jogos... enfim, um conteúdo mais longo e que interage com o usuário. Sendo mais profunda na análise, o Youtube também traz conteúdos que auxiliam no gerenciamento de todas as outras redes. E tudo está INTERLIGADO.
Cada vez mais, as pessoas estão mais CONECTADAS. A informação corre na palma das nossas mãos, o tempo todo. E confesso, eu AMO trabalhar com mídia digital. É um desafio, de se manter atualizada e conectada ON TIME!
Nos empolgamos e o assunto foi longe né? Sigam a Má no Instagram, @mamargato.
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