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Principais detalhes da semana de Alta-Costura de Paris 2020


Elie Saab

A semana de Alta-costura de Paris traz história, tradição e mostra ao mundo todo a importância e valor do feito à mão. Peças que chegam até 1000 horas de trabalho manual por mãos especialistas em costura e bordados com os tecidos mais nobres e técnicas apuradas. Desenhos, que no papel parecem impossíveis se tornam realidade nas mãos das melhores marcas. Elie Saab, Armani, Givenchi, Chanel, Dior e vários outros fazem sonhos se tornarem realidade. Encantam com essas obras de arte em um desfile/show que emociona qualquer um. Tudo apresentado na passarela, serve de tendência e é usado por outras marcas para criação até mesmo da moda casual como, uma simples cor ou modelagem.

A semana de 2020 entrou para a história! Gaultier saiu de cena, dificilmente teremos outro designer que saiba unir bom humor, história e competência profissional, além de inegável carisma.

Dior

Dior protestou a favor da mulher no poder através da coleção-manifestação de Maria Grazia Chiuri.Os convidados entraram em uma tenda em forma de corpo de deusa, nos jardins do Museu Rodin. A frase “What if women ruled the world?” ("e se as mulheres dirigissem o mundo"), tinha a ver com o estilo deusa grega da coleção. Longos drapeados, túnicas-togas, transpassados de faixas metalizadas douradas. A passarela da Dior foi tomada por referências greco-romanas e cortes baseados em tendências de décadas passadas, inclusive os sapatos sem salto e em tiras combinaram perfeitamente com o tema. Até o tradicional tailleur Bar, apelidado de New Look nos anos 1940, veio em nova versão, em branco, usado com sandálias rasteiras douradas. Uma bela coleção, mais um acerto da italiana Chiuri.

Os longos comandaram! Tradição na Alta Costura, em geral pensada para tapetes vermelhos e grandes festas milionárias, os vestidos longos predominaram nesta semana parisiense. Nomes novos, ou ainda pouco divulgados confirmaram estes modelos suntuosos. Como Maria Aristidou, artista e estilista de Chipre, autora de modelos assimétricos, com fendas e bustiers e Ziad Nakad, com o bom gosto tradicional das famílias do Líbano, com longos misturando. Rendas e babados, com o cuidado de revelar belas pernas por uma abertura lateral. Perfeito para as indicadas aos prêmios de cinema e teatro.

Pierpaolo Piccioli, à frente da grife Valentino, também encantou pelos longos. No clássico vermelho-valentino, em branco ou nas blusas com mangas volumosas, um trabalho de estilo feminino e moderno.

O show ficou por conta dos modelos de Elie Saab, sempre um encanto a parte e tirou o folêgo de qualquer um. Elegância e feminilidade em peças fluídas e adornadas por rendas, gemas e pérolas. A leveza e, ao mesmo tempo, riqueza encheram a passarela com referências do México Imperial, inspiração para o estilista. Cortes assimétricos presentes nas criações mais coloridas, em tons que variam entre verde, azul e rosa. Além disso, o tradicional branco e o nude com força na cartela de cores da marca.

Chanel

O desfile da Chanel teve como cenário um de jardim cercado por lençóis brancos pendurados cobrindo as entradas. O conceito do local foi pensado especialmente para representar o antigo orfanato da Abadia de Aubazine. Um dos principais lugares da infância da estilista e fundadora da maison, Gabrielle, onde passou parte da juventude. Por isso, não podia ser mais adequado ao mood da coleção. Na passarela a diretora criativa da Maison, Virginie Viard, apresenta uma Chanel clássica, modesta e romântica. Fazendo homage a história e memória da estilista, as criações de Viard são inspiradas na infância de Chanel, e trazem produções daywear com diversos tailleurs, blazers e vestidos de tweed. Além de silhuetas bem acinturadas de caimento reto e contido com tons claros sóbrios.

O desfile de Givenchy foi repleto de momentos líricos e reflexivos, com o romantismo moderno e fantasioso. A coleção intitulada “Une Lettre d’Amour”, na definição da grife: “uma sinfonia de jardins como uma carta de amor de mulher para mulher” teve show acompanhado por uma pequena orquestra clássica, sentados em pilastras de grade metálica sob a passarela. As peças trouxeram uma dualidade épica em estilos únicos, de um lado vestidos bem estruturados e construídos em tons de preto e branco e em outro sobreposições em babados de tule drapeados em grandes proporções, que pareciam flutuar na passarela. Apesar dos tons neutros, ainda houve intercalações de cores, que variaram entre azuis, roxos e laranjas. Inspirações que fazem da Couture Week um grande marco da história da Moda a cada ano, para as culturas do mundo todo!

Por Letícia Nardelli

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